domingo, 28 de fevereiro de 2010

As Madrugadas em Jenin


Autor: Susan Abulhawa
Editora: Quidnovi



" As raízes da nossa mágoa alimentam-se tão profundamente da nossa perda, que a morte vive entre nós como um familiar que ficamos felizes por conseguir evitar, embora saibamos que continuará a fazer parte da nossa família. A nossa ira tem uma intensidade que os ocidentais não conseguem compreender. A nossa tristeza comoveria os seres inanimados. O modo como amamos também é assim(...) É o tipo de amor que só aqueles que sentiram fome imensa que faz o teu corpo comer-se a si próprio de noite podem conhecer. O amor que só é possível experimentar depois de se ter sobrevivido à explosão de bombas, a ter o corpo trespassado por balas. Um amor que mergulha nu em direcção ao infinito, onde Deus mora."


A luta de um povo pela reconquista da sua dignidade, as Madrugadas em Jenin conta-nos a história de uma família marcada pela guerra, onde a morte, a pobreza e a fome fazem parte do dia a dia.

Um livro intenso e comovente, bem escrito que cativa desde o inicio. Que nos faz pensar, rever algumas posições, e questionar qual o futuro da Palestina e de Israel, quando vai terminar tanta dor e sofrimento.


Sinopse

Na sequência da proclamação do Estado de Israel, os habitantes da aldeia de Ein Hod são expulsos das suas casas e levados à força para um campo de refugiados administrado pelas Nações Unidas. Entre eles encontra-se Dalia, uma palestina lindíssima com dois filhos pequenos – Yousef e Ismael – que chama a atenção de um soldado israelita cuja mulher não pode ter filhos. No caminho para o campo de Jenin, entre a multidão em fuga, Ismael desaparece.
É Amal – nascida em Jenin alguns anos depois – quem vai contar-nos o destino trágico dos dois irmãos. Porque Ismael vai ser criado por uma família judia que o baptiza como David e, durante a guerra de 1967, achar-se-á frente a frente com Yousef, que o reconhecerá pela cicatriz que lhe atravessa o rosto e que ele próprio lhe causou na infância. E as consequências desse encontro serão irremediáveis.
Passado durante um dos conflitos políticos mais brutais da História, este romance magnificamente escrito e traduzido em várias línguas aborda questões como a amizade e o amor, a identidade perdida, o terrorismo, a rendição e a coragem de lutar pelos direitos mais básicos.

Autora:


SUSAN ABULHAWA é filha de refugiados da Guerra dos Seis Dias, altura em que a sua família foi separada e a terra onde viviam confiscada. Antes de ir para os Estados Unidos, viveu em inúmeros sítios, incluindo o Kuwait, a Jordânia e Jerusalém Oriental. Frustrada com as notícias tendenciosas sobre a condição precária dos palestinos, começou a escrever artigos de opinião para jornais americanos como o New York Daily News, o Chicago Tribune, o Christian Science Monitor e o Philadelphia Inquirer. Participou em duas antologias: Shattered Illusions (Amal Press 2002) e Searching Jenin (Cune Press 2003). Venceu o prémio Edna Andrade Fiction and Creative Nonfiction em 2006. Além disso, fundou a Playgrounds For Palestine, uma ONG que defende o direito das crianças palestinas a poderem brincar, mesmo sob ocupação.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Just Breathe - Pearl Jam

E venham mais 20 anos de Pearl Jam ...

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

O Cônsul Desobediente


Esta é uma história que me emocionou muito!

Apesar de já conhecer por alto, ficar a par dos detalhes foi muito bom. Há pessoas realmente capazes de por todo o seu "mundo ordenadinho" em perigo por uma causa maior.

O livro em si vale pela história e por estar bem documentado e suportado. Acho que ser um romance atinge um publico alvo mais vasto, mas penso que uma biografia seria o mais adequado.

Sinopse:

Há pessoas que passam no mundo como cometas brilhantes, e as suas existências nunca serão esquecidas. Aristides de Sousa Mendes foi uma dessas pessoas. Cônsul brilhante, marido feliz, pai orgulhoso, teve a sua vida destruída quando, para salvar 30.000 vidas, ousou desafiar as ordens de Salazar.
Nascido numa família com laços à aristocracia, Aristides cursa Direito em Coimbra e opta por uma carreira consular. Vive nos locais mais exóticos de África e nos mais cosmopolitas da Europa. Cônsul em Bordéus durante a Segunda Guerra, é procurado por milhares de refugiados para quem um visto para Portugal é a única salvação. Sem ele, morrerão às mãos dos alemães.
Infelizmente, Salazar, adivinhando as enchentes nos consulados portugueses, proibira a concessão de vistos a estrangeiros de nacionalidade indefinida e judeus. Sob os bombardeamentos alemães, espremido entre as ameaças de Salazar, as súplicas dos refugiados e sua consciência, Aristides sente-se enlouquecer. E então toma a grande decisão da sua vida: passar vistos a todos quantos os pedirem. Salvará 30.000 inocentes mas destruirá irremediavelmente a sua vida.
Esta é a história de um grande português. De um herói com uma coragem sem limites. Só é possível compreender o seu feito se nos colocarmos no seu lugar: destruiríamos a nossa vida e a da nossa família em nome da caridade e do amor ao próximo? Até ao seu derradeiro fôlego, Aristides nunca se arrependeu.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

A Sacerdotisa dos Penhascos


Mais uma vez Sandra Carvalho não desilude e deixa-nos presos desde a primeira página.

Após um namoro complicado os guardiões das lágrimas do sol e da lua vivem finalmente o seu amor. Deste amor nascem os gémeos Halvard e Kelda.

Neste livro além de continuarmos a acompanhar personagens nossas conhecidas e queridas, conhecemos a nova geração de guerreiros e feiticeiras descendentes de Arawen.

Neste livro acompanhamos de perto Kelda e a sua missão de salvar o seu irmão das garras de Sigarr.

Confesso que estou ansiosa que esta saga das pedras mágicas acabe, este é já o sexto livro, mas no fim de cada livro há ainda um mundo vasto para explorar.

Sinopse:

Os Guardiães das Lágrimas do Sol e da Lua vivem finalmente em plena união. Dos seus amores nasceram Halvard e Kelda, os gémeos sobre quem pairam profecias grandiosas e temíveis. Halvard está nas mãos de Sigarr, o Mestre da Arte Obscura, que espera treiná-lo para ser o Guardião do Conhecimento Absoluto, e usar o imenso poder deste em seu proveito. Kelda, luta por cumprir os desígnios da Pedra do Tempo e salvar a sua própria alma, resgatar Halvard e levar a cabo a missão que herdou da sua avó Catelyn.

Carnaval


47 dias antes do Domingo de Pascoa ocorre o Carnaval.

O Carnaval surgiu durante o século XI após a implementação da semana santa, pela igreja católica, antecedida de 40 dias de Jejum. A ideia do Carnaval esta relacionada com o afastamento dos prazeres da Carne, "Carne Vale". Ao contrário da Quaresma que marca um período de penitencia e privação, ao Carnaval são chamados os dias Gordos, onde todos os excessos são permitidos...

Porque afinal a vida são dois dias e o Carnaval são três...